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quinta-feira, 24 de maio de 2012

A OBRA MISSIONÁRIA EM CURITIBANOS


Um leitor do blog me enviou a imagem abaixo digitalizada de uma antiga “A Liahona”. O pequeno artigo é tendencioso e não transmite a verdade. É sobre o batismo de uma senhora que dizia ter 110 anos de idade. Lembro bem deste batismo e destes dois missionários. Eu acompanhei o trabalho deles com esta senhora. Hoje resolvi falar sobre este assunto. Minha visão sobre o trabalho missionário é completamente diferente do que eu tinha naquela época. Percebo a total falta de responsabilidade destes dois jovens que, de forma despretensiosa, pensavam que estavam ensinando algo de valor para uma anciã, enferma há meses numa cama, nos seus últimos dias de vida.
Esta mulher estava acamada fazia muito tempo. Aí apareceram esses missionários, batendo de porta em porta, em busca de algum batismo para o não menos despretensioso “reino de Deus”, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ou será que seria o pretensioso “reino de Deus?” Cada um julgue como quiser. Ao baterem na porta da casa da Dona Emídia de Lima Gonçalves foram recebidos por sua filha que os atendeu prontamente, lhes apresentando sua mãe.
Demoraram mais ou menos uma semana entre as palestras e o dia do batismo. Lembro-me disso, pois em algumas ocasiões eu acompanhei estes missionários nas palestras na casa da anciã.
Naquela época tinha duas duplas de missionários trabalhando aqui em Curitibanos. Três americanos e um brasileiro. Eles almoçavam em minha casa toda semana. O Ramo era bem pequeno, com cerca de 30 pessoas de frequência. Foram escolhidas seis famílias para darem almoço aos jovens missionários semanalmente. Então, num determinado dia, por exemplo, sempre nas Quartas-feiras eles almoçavam lá em casa. Um dia eles nos surpreenderam e apareceram em oito missionários. Acho que os missionários não se tocavam mesmo que isso pesava para as famílias de membros. Éramos poucas famílias que os alimentavam e eles se valiam disso, sem se questionarem se poderiam se valer da bondade e hospitalidade dessas famílias para alimentar mais missionários que nem eram do Ramo Curitibanos.
O dia estava nublado e frio! Um dia típico da serra catarinense. Eu fui encarregado de ir buscar a pobre velhinha em sua casa. Ela já não caminhava mais há tempos. Foram comigo dois missionários. Um deles, Elder Gibson a trouxe no colo e a colocou dentro do carro, no banco trazeiro. Para sair do carro, foi a mesma situação, ele a carregou até a capela e a entregou às mulheres da Sociedade de Socorro para a vestirem e a prepararem para o batismo.
A água estava quente! A capela tinha um sistema a gás de aquecimento de água para a pia batismal. Entraram quatro missionários na pia e batizaram a pobre velhinha, que quase morreu afogada com o mergulho forçado por estes jovens mais fortes que ela.
Uma ex-missionária que era membro do Ramo ficou chocada com a decisão dos missionários de batizarem uma mulher tão frágil e enferma. Ela até comentou comigo. “Será que não poderiam deixa-la morrer e batizá-la posteriormente no templo?”
Na ocasião, eu não entendia. Não sabia da meta desesperada dos missionários por números de batismos. Não entendia e acho que nem eles mesmos entendiam essa paranoia missionária do mormonismo. Por isso falei que a forma dos missionários agirem era despretensiosa.
O que aquela pobre anciã que não demorou muito a falecer poderia agregar ao mormonismo? Nem dízimos ela nunca pagou. Tenho certeza absoluta que, na sua humildade e pobreza de entendimento, ela não conseguiu absorver nada do que lhe foi ensinado pelos missionários. Ela não sabia ler direito.
Ao escrever sobre esses acontecimentos, eu me questiono: Será que essas loucuras ainda existem em nossos dias? Estes jovens poderiam ter matado esta senhora na frente de muitas pessoas. Quem seria o responsável? O Presidente do Ramo? Os missionários? Três americanos e um brasileiro? O Presidente da Missão?
Depois deste batismo, a saúde desta velhota só piorou e ela não tardou a falecer. Não antes de uma visita ilustre do senhor Helvécio Martins, então um membro do Segundo Quórum dos Setenta. Ele esteve por aqui, para uma Conferencia de Distrito e resolveu visita-lá, depois de ler na revista “A Liahona” sobre o “feito” dos missionários.

10 comentários:

  1. (Via Email)!

    PARABENS CARA.....VC TEM FEITO UM TRABALHO MARAVILHOSO,ESSA GENTE, ESSA RELIGIAO FOI UM ATRASO NA MINHA VIDA.
    FERNANDA

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  2. E tem coisas muito piores na "obra missionária" mórmon.

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    1. Tem mesmo, fui sister e minha companheira batizou uma senhorinha quase da mesma forma, muito velha tinha a mentalidade de uma criança, mal andava me lembro como se fosse hoje que foi bem constrangedor ela na água, missionário faz isso e coisa pior mas por pressão o importa é números para estes americanos DOENTES!

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  3. (Via Facebook)!

    Edson Lazarini

    Observamos que o mormonismo sempre se inicia em regiões onde existe insatisfação religiosa. Atualmente não sei como está indo a obra missionária mórmon, mas pelos comentários que ouço e pelo que leio, eles tem algum sucesso batizando crianças carentes, ou crianças sem a família toda ser batizada (o que seria uma contradição, porque a igreja mórmon visa a união familiar e não a divisão), ou de pessoas bem humildes e carentes (pobres) e sem instrução escolar. Essas permanecem pouquíssimo tempo na igreja, talvez uma ou máximo duas reuniões (geralmente a primeira reunião que um pesquisador vai é a do batismo sequente às reuniões, e a segunda é a reunião onde são confirmados membros). Em regiões mais politizadas e instruidas e grandes centros eles tem dificuldades em convencer e muito mais batizar, porque o conhecimento está disseminado pela internet do quem são realmente os mórmons, pelo passado (poligamia, citações racistas, etc) e pelas coisas que não ensinam completamente aos pesquisadores. Isso é o que penso!

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  4. A Liahona é a revista mais falsa do mundo, tudo ali é distorcido e idealizado.
    Qualquer coisa é considerado "um exemplo de fé".
    Nem uma criança acredita na Liahona

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  5. (Via Facebook)!

    Olavo Dos Santos Martins

    Antonio Carlos, eu também conheci uma senhora com estas características que você aponta no seu blog sobre os batismos em Curitibanos. Ela já não caminhava mais e tinha mais de 90 anos. No dia de seu batismo, tiveram que aquecer a água e colocar dois sacos plásticos nos seus pés. Ela teve que segurada por um Élder que a mergulhou como se ela fosse um bebê. São realmente um drama esses batismos de idosos descapacitados...

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  6. (Via Facebook)!

    Olavo Dos Santos Martins

    Continuando um pouco os meus comentários, quero parabenizá-lo também pelo seu livro "A Maior de Todas as Ilusões". Muito bem escrito e fidedigno, pra investigador nenhum botar defeito, especialmente pela bibliografia totalmente extraída dos próprios livros da igreja. Somente a dissonãncia cognitiva poderá impedir que um mórmon sincero comece a investigar melhor a sua fé...

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  7. (Via Facebook)!

    Olavo Dos Santos Martins

    E, nós temos semelhanças em nossas histórias de vida. Ambos fomos católicos praticantes que descobriram a falácia do catolicismo. E, só entramos no mormonismo por não conhecermos a Biblia Sagrada em profundidade. Agora entendo porque os evangélicos rechaçam o mormonismo tão veementemente. Eles chegam a humilhar os missionários com o seu conhecimeto bíblico.

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  8. (Via Facebook)!

    Edson Lazarini
    Observamos que o mormonismo sempre se inicia em regiões onde existe insatisfação religiosa. Atualmente não sei como está indo a obra missionária mórmon, mas pelos comentários que ouço e pelo que leio, eles tem algum sucesso batizando crianças carentes, ou crianças sem a família toda ser batizada (o que seria uma contradição, porque a igreja mórmon visa a união familiar e não a divisão), ou de pessoas bem humildes e carentes (pobres) e sem instrução escolar. Essas permanecem pouquíssimo tempo na igreja, talvez uma ou máximo duas reuniões (geralmente a primeira reunião que um pesquisador vai é a do batismo sequente às reuniões, e a segunda é a reunião onde são confirmados membros). Em regiões mais politizadas e instruidas e grandes centros eles tem dificuldades em convencer e muito mais batizar, porque o conhecimento está disseminado pela internet do quem são realmente os mórmons, pelo passado (poligamia, citações racistas, etc) e pelas coisas que não ensinam completamente aos pesquisadores. Isso é o que penso!

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  9. Caro Olavo, o protestantismo não passa de um amontuado de doutrinas contraditórias devido a interpletação da Biblia a bel prazer. É como um cachorro correndo atras do proprio rabo. Podemos ver que a reforma começou a mais de 500 anos e ainda não terminou.

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